domingo, 18 de janeiro de 2009

Sadismo

Na verdade eu tenho uma série dificuldade de entender grande parte das decisões que faço. Digo, estas que são maiores, referentes a sua vida. Acho que teria uma série de crises para pedir em alguém em casamento.
Ah, claro, se isso algum dia vir a acontecer. Pelo que parece eu tenho o ótimo e majestoso costume de fugir das pessoas com que crio algum relacionamento. Sempre foi assim. Quando não era por pure precipitação do que poderia ocorrer, pura burrice e teimosia por não querer viver o momento e deixar rolar, era por um tipo de sadismo egoista que me leva a escolher o que eu posso ter ao que eu tenho.

Uma bofetada pra começar.

Vamos lá.
Não consigo me ver livre da necessidade de expressar meus sentimentos. Pensei em comprar um caderno. Pensei milhares de vezes. Um lugar onde pudesse escrever o que sinto e guardar para o vazio lê-lo. Mas de que adianta, eu escrevo pra saberem o que sinto, como um meio de ser um pouco mais aberto, de me expressar. Se ninguém o lê, não me sinto completo escrevendo.

É a terceira vez que me mudo em 3 anos. Me mudo de país, não só de cidade. Sua vida se transforma radicalmente, abdica-se de uma série de escolhas, hábitos. Da primeira vez foi um sofrimento danado, apesar de ter sido por livre e espontânea vontade, ou não. Tive que escolher, entre minha tranquilidade emocional, a primeira pessoa pela qual eu realmente senti paixão (e fui correspondido...) e uma oportunidade de vivência que poucos têm oportunidade. Escolhi viver a segunda, mesmo que nunca me perdoei por ter deixado ela de lado. Na verdade os últimos 3 anos se pautaram por ela. Por incrível que pareca, mas fiz escolhas pensando nela, mesmo estando longe. Larguei outras oportunidades por pensar que se voltasse ela poderia dizer sim e perdoar-me. Mas isso não aconteceu porque eu me prego peças e sempre me levo pelo lado do sofrimento. Quer dizer, tiro conclusões precipitadas e perco muito por isso. Não que ela fosse dizer não, mas antes de eu ter certeza eu escolhi fugir de novo.

Então, depois de mudar-me de novo, mas já com a terceira mudança em mente, eu descubro o que eu não queria descobrir. Sim, ela me esperou. E eu não tive os culhões de largar minha terceira mudança por algo que eu acreditava.

Ah, saco... Isso só me fode. Ainda...
E assim, continúo mal, e tenho problemas em fazer outras escolhas, e por isso sofro mais, e continuo fazendo cagada, e sofrendo.
Porra, exploda-se o mundo... Quero minha paz. Quero a certeza de saber o que faço, segurança das escolhas que faço.
Acima de tudo eu estou extremamente carente de atenção. Cansei cansei cansei de ser quieto e introvertido. Quero. e pronto.